Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

Alameda da Serra 400 / 404 - Nova Lima - MG (31)3264-9590 • (31) 3264-9387 jrasomd@yahoo.com.br

Anti aging 2




Volto a tratar do assunto do envelhecimento.

As Televisões atuais, com alta definição de imagem, expõem o dilema de muitas  atrizes e atores. As rugas aparecem como nunca. Porém, bem mais feios que as rugas são os efeitos da toxina botulínica que procuram escondê-las. A  pele fica parecendo um pergaminho,  com dobras esquisitas e expressões pobres. Penso que o trabalho dos maquiadores deva estar ficando cada vez mais desafiador.

Mas a vaidade convoca o desejo de se evitar os efeitos do envelhecimento. O avanço da Medicina nesta área tem sido enorme. Estamos vivendo mais e com melhor qualidade de vida. E o arsenal de procedimentos médicos para combater o envelhecimento é crescente.

Quanto mais a ciência  desvenda os mecanismos do envelhecimento, mais propicia a criação de estratégias  para combatê-lo. Até que ponto estas estratégias devam ser utilizadas na prática médica será sempre uma questão de bom senso.

Lembro-me de Descartes ao comentar sobre o bom senso, que em sua opinião é o atributo humano mais bem distribuído. Com ironia, Descartes dizia que ninguém pensa que precisa  mais do que o  bom senso  que  já tem.

Entretanto, penso que, sem ironia, o atributo humano mais universal não seja o bom senso, mas a vaidade. A luta contra o envelhecimento é apenas uma de suas facetas.

Além de alimentar a fabulosa indústria de cosméticos a vaidade tem estimulado a procura por tratamentos médicos contra o envelhecimento. Na esteira desta demanda recente, muitos médicos, de diversas especialidades, se embrenham no ramo da medicina anti-aging.

E é justamente esta demanda crescente que cria novos problemas médicos de natureza ética, relacionados com os tratamentos oferecidos à população, ávida de novidades, avessa ao envelhecimento natural. 

No que diz respeito à pele e seu envelhecimento, os abusos têm sido freqüentes.

Dr. Geraldo Barroso, renomado dermatologista,  membro da Academia Mineira de Medicina, adverte:

“Na dermatologia, a procura por medidas contra o envelhecimento cutâneo tem levado ao abandono da dermatologia clínica. A cosmiatria tem atraído jovens médicos, para uma prática enganosa e perniciosa. Temos visto médicos de outras especialidades, não ligadas à dermatologia, praticando procedimentos na área da cosmiatria, sem um conhecimento adequado da pele e dos seus males. Para se praticar qualquer ação médica, seja curativa ou preventiva, é mister que se faça, antes, um diagnóstico e um prognóstico. A desobediência a tais princípios básicos, mesmo nos procedimentos mais simples, fere a ética. Nada tenho contra a cosmiatria e contra as práticas esteticistas, mas elas devem ser orientadas sempre pelo dermatologista”.

 Os dois princípios fundamentais que regem a ética médica são  os princípios da beneficência e o da não-maleficência: fazer o bem, mas, sobretudo não fazer o mal.

A máxima latina Primum non nocere deve ser o mote de qualquer tratamento médico:  em primeiro lugar, não provocar danos. O avanço indiscriminado da cosmiatria tem ferido este princípio ético fundamental. Dr. Geraldo Barroso cita um exemplo:

“Há pouco tempo, uma paciente portadora de púrpura trombocitopênica submeteu-se a uma limpeza de pele que teve a face desfigurada, com equimoses e pequenas cicatrizes (estas definitivas) em consequência das tentativas inadequadas para estancar os sangramentos. Qualquer dermatologista de boa formação teria feito uma anamnese e teria identificado pequeninas manchas purpúricas indicativas de um transtorno sanguíneo que teria de ser pesquisado”.

Se a vaidade elege o envelhecimento como  inimigo a ser combatido, seria prudente convocar o bom senso como seu aliado.  

Revisão e formatação
Ophicina de arte & Prosa
Se seu sonho é escrever, nosso negócio é publicar.
[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »