Os fatores de risco para o acidente vascular
cerebral, o derrame, são praticamente os mesmos do infarto do miocárdio:
hipertensão arterial, tabagismo, obesidade, sedentarismo, diabetes e taxas
elevadas de colesterol.
Isso representa uma
vantagem, uma vez que medidas preventivas são eficazes para combater duas
doenças relacionadas à morte precoce ou diminuição da qualidade de vida.
Ao longo do tempo,
notadamente na segunda metade do século passado, o conhecimento desses fatores
de risco para as doenças cerebrovasculares foi o grande responsável pela
diminuição progressiva dos casos de acidente vascular cerebral ao longo dos
anos.
Entretanto, essa tendência
está se revertendo agora e por uma razão preocupante: o aumento de casos de AVC
em jovens.
Estudo publicado no Journal of the American Heart Association de novembro de 2016 mostra que persiste o declínio de AVC em
pessoas acima de 55 anos. Já os casos entre pessoas de 35 a 39 anos mais do que
dobraram.
Os pesquisadores concordam que a tendência se
deva a fatores ligados ao estilo de vida. A geração dos baby boomers, nascidos entre 1945 e 1954, aprendeu a lição e passou
a controlar melhor os fatores de risco, dentre eles o cigarro. Essa geração
também escapou do excesso de consumo de açúcar e da epidemia de obesidade e
diabetes.
A geração seguinte não seguiu o mesmo
caminho. É alta a incidência de obesidade e sedentarismo em pessoas com idade
inferior a 40 anos.
Some-se a isso o uso de pílula
anticoncepcional que também é fator de risco conhecido sendo considerado um dos
responsáveis pelo aumento de AVC em mulheres jovens.
A mensagem deste estudo é bem clara: desde
jovens, as pessoas precisam investir na prevenção das doenças cardiovasculares
e mantê-la por toda a vida.
Não fumar, controlar o peso, fazer atividade
física regular e ter uma dieta adequada são passos fundamentais na prevenção.
Isso envolve o remédio mais difícil de tomar,
mas o mais eficaz: mudança de hábito.
Além disso, tomar medicamentos para controle
da hipertensão arterial e os níveis de colesterol, quando necessários,
complementam a estratégia para se reverter essa tendência de aumento dos casos
de AVC.
Nunca é demais lembrar que, na economia de
saúde, investir em prevenção é sempre um bom negócio.
Revisão e formatação:
Ophicina de Arte & Prosa
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Posted by
Jair Raso
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