Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

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Asfixia

 


Falar em asfixia em plena floresta amazônica pode parecer profecia de apocalipse, última estação da humanidade e sua desvairada agressão ao meio ambiente.

Mas não. É assunto de hoje mesmo. Em Manaus, devido ao colapso do sistema de saúde, provocado pela pandemia, pacientes estão morrendo por falta de oxigênio. Oxigênio medicinal, é bom esclarecer.

Em meio à controvérsia sobre como tratar a infecção por coronavirus, uma coisa é indisputável: todos os pacientes graves necessitam de aporte de oxigênio, seja por catéter ou máscara nasal, seja por intubação endotraqueal.

Por um somatório macabro de descaso com o isolamento social, retorno precoce das aulas, relaxamento das medidas higiênicas como o uso de máscara, falta de planejamento das autoridades de saúde e políticos em geral, Manaus é hoje a capital do horror. Pessoas morrem asfixiadas, sem chances de sobreviver à infecção pelo Covid-19.

Para piorar a situação, tão logo recebeu pedido de socorro, o ministério da Saúde respondeu que enviaria para Manaus kits de cloroquina e ivermectina.

Não precisaria nenhuma outra atitude para escancarar a incompetência e descaso do ministério com a saúde dos brasileiros. Cloroquina, ivermectina e outras panaceias podem aguardar a insensatez humana. A falta de oxigênio mata em minutos.

Some-se a isso o fato de que, em Manaus, o uso indiscriminado do coquetel dos desvairados não protegeu a população. Pouco importa se tomaram cloroquina antes, no início, no meio ou ao fim dos sintomas. O retrato da crueldade com a população está estampado nas manchetes de todo e qualquer jornal. A falsa sensação de tratamento e prevenção levou o sistema de saúde ao colapso, que poderia ter sido evitado.

O que Manaus precisa é de uma mobilização nacional, coordenada pelo governo, para que não falte oxigênio ou respiradores. Há estados em que a pandemia está arrefecida, como Rio Grande do Sul. E toda a ajuda, como aquela vinda da Venezuela, é bem-vinda.

Com o início da vacinação, Manaus deveria receber prioridade máxima. O Ministério da Saúde preferiu não reinventar a roda. Usou a mesma logística da vacinação prévia, distribuindo vacinas para todo o Brasil.

Não há, como se pode perceber, uma força tarefa inteligente para combater a pandemia em nosso país.

Só nos resta torcer para que as vacinas cheguem logo. Temos um programa de vacinação eficaz e rápido e podemos dar os primeiros passos para virarmos esta página triste de nossa história. E voltarmos a respirar livremente.

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Posted by Jair Raso 0 comentários »