O uso e abuso do telefone celular levanta a questão do risco de desenvolvimento de tumores do sistema nervoso central.
Há muitos estudos sobre o assunto e, apesar das controvérsias, não há evidência robusta que suporte a relação entre o uso do telefone celular e o desenvolvimento de tumores como os meningeomas, gliomas e neuroma do acústico.
Parte da dificuldade das pesquisas se deve às transformações do uso do celular, que deixou de ser apenas um aparelho para ligação telefônica para se transformar em conjunto de aplicativos que permite ao usuário fazer tarefas como ir ao banco, pagar boletos, ler e enviar mensagens, assistir a filmes e, sobretudo navegar no instagram e se comunicar pelo Zap. Até mesmo o já velho e tradicional email pode ser acessado. Os smartphones são cada vez mais capazes de resolver nossos problemas, seja como ferramenta de trabalho ou laser.
Isso aumenta o tempo de exposição à radiação eletromagnética dos aparelhos, usados bem próximo do crânio.
Para além da dificuldade de se medir o tempo de exposição, hábitos com uso de fones de ouvido, ou conexões do aparelho com computadores de mesa, afastam o celular do corpo, tornando ainda mais complexa a avaliação dos possíveis efeitos deletérios, como um possível aumento da incidência de tumores.
Uma coisa é certa, o celular, desde sua estreia em nossas vidas na década de 1990 é hoje o protagonista dos acessórios, a ponto de algumas vezes até parecer uma extensão do nosso corpo.
Um estudo prospectivo publicado recentemente na revista Enviroment International, o COSMOS, Cohort Study of Mobile Phone Use and Health, concluiu que o uso cumulativo de celulares não está relacionado com o risco de desenvolvimentos de tumores cerebrais como gliomas, meningeomas e neuromas.