A inteligência artificial (IA)
foi o tema que abordei em minha mensagem de fim de ano no Instagram (@jairraso).
Há uma inquietude em relação
ao assunto, principalmente quanto à possibilidade de que um dia a IA possa
substituir o cérebro humano.
Na mensagem, ressalto que o
propósito da IA não é o de substituir o cérebro, mas sim o de auxiliá-lo na
árdua tarefa de compilar, armazenar e evocar informações. Nisso, indiscutivelmente,
a IA é imbatível. Com esse auxílio valioso, nosso cérebro estaria liberado
para outras tarefas mais construtivas.
Encerro a otimista mensagem
desejando que esse ano seja o ano em que as duas inteligências, a artificial e
nossa natural inteligência sejam utilizadas para a construção de um mundo
melhor, mais inteligente.
Mas temos que reconhecer os
riscos do uso indevido da IA e a necessidade de regulamento do seu uso.
Em informe publicitário
publicado na revista Piauí de janeiro, o Youtube e Google exaltam o potencial
revolucionário da IA ao mesmo tempo em que lançam princípios que devem nortear
seu uso, com ética e responsabilidade.
Dentre esses princípios
destacam-se o compromisso da IA em ser socialmente benéfica e o de respeitar a
privacidade das pessoas.
Como a IA trabalha dados,
talvez o essencial seja mesmo o princípio de se evitar vieses, mantendo-se a
transparência e o controle na compilação e divulgação de seus conteúdos.
Para além de informações
verídicas e corretas, o grande desafio do uso da IA é o respeito pelo direito
autoral.
Como ferramenta, não há dúvida
que a IA será cada vez mais incorporada ao nosso dia a dia, influenciando
nossas escolhas e tomadas de decisão.
Para que a liberdade da
informação elaborada por IA seja preservada, precisamos estabelecer limites. Digo
precisamos porque são nossas atitudes é que farão a diferença.
Bastam pequenos passos para nos colocar no caminho correto: checar informações
antes de repassá-las, confirmar fontes da informação, dar-lhes o devido crédito
e não replicar mensagens de conteúdo preconceituoso de qualquer espécie.
Esse exercício simples de rigor
intelectual é um pequeno exemplo da possível materialização virtuosa do
trabalho das duas inteligências: a inteligência humana alinhada à IA servindo
ao propósito da construção humana.