Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

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Entre Porres e Ressacas




É admirável  como o vinho,
quando tomado em quantidades adequadas
é capaz de reproduzir todos os sintomas da embriaguez.
Oscar Wilde


Final de ano é ocasião para muitas celebrações, no trabalho, entre amigos e na família. Bebidas e mesa farta são o cenário dessas ocasiões festivas.
O dia seguinte, entretanto, nem sempre é agradável. Quando há abuso do álcool, sintomas de ressaca afligem a maioria das pessoas.
Ressaca é definida como experiência desagradável após o consumo de altas quantidades de álcool. A ciência, acreditem, se debruça sobre esse tema também.
Os sintomas da ressaca ocorrem cerca de dez horas após o consumo de álcool. Já foram identificados quase cinquenta sintomas que caracterizam a ressaca, sendo os mais comuns, cefaleia, cansaço, náusea e dificuldade de concentração. Alterações neurocognitivas, como prejuízo da memória e da capacidade motora, afetam tarefas do dia a dia, como dirigir automóveis. A ressaca é responsável pelo aumento do absenteísmo no trabalho e por acidentes.
A produtividade também é afetada.  Em 2010, o Centro Americano de Prevenção e controle de doenças estimou que a ressaca alcoólica custa aproximadamente 179 bilhões de dólares.
Alguns fatores estão associados à intensidade da ressaca: alterações hormonais, como o déficit de vasopressina (hormônio antidiurético); distúrbio hidroeletrolítico; alterações do sono e dos círculos circadianos e fatores genéticos.
Apesar de múltiplas limitações, os estudos sobre ressaca correlacionam os sintomas a fatores inflamatórios, alterações em neurotransmissores e receptores, disfunção mitocondrial e metabólitos do álcool.
Todos sabemos que variações pessoais são mais a regra do que a exceção, quando o assunto é libação alcóolica e ressaca.
Um divertido artigo, com bom desenho científico, entrou nesta seara para responder a uma questão que parece afligir  toda a humanidade: beber cerveja antes do vinho evita ressaca?
Pesquisadores alemães publicaram no American Journal of Clinical Nutrition o estudo que respondeu a  essa questão.
Eles recrutaram 90 participantes que foram alocados em três grupos: No grupo 1, tomava-se cerveja antes do vinho e no grupo dois, o contrário. Uma semana depois, os mesmos participantes invertiam a experiência. No grupo controle, os participantes  tomavam só vinho ou só cerveja, sendo que uma semana depois também invertiam a preferência. O estado de embriaguez era medido com um bafômetro.
No dia seguinte à libação, os participantes eram avaliados quanto aos sintomas de ressaca, utilizando-se uma escala. Acreditem: mais uma vez, existe uma escala para medir ressaca!
O resultado final foi que não importa se você toma cerveja ou vinho primeiro, ou se só toma cerveja ou vinho isoladamente. A ressaca foi igualmente brava em todos os grupos.
Não é preciso muita ciência para sabermos que a moderação é o melhor remédio para se evitar ressaca.
Brindemos, assim, à chegada de um novo ano: Saúde!



Revisão e formatação:
Ophicina de Arte & Prosa





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