O tratamento da hipertensão
arterial, com objetivo de evitar declínio cognitivo e demência, é considerado
um dos mais promissores fatores para prevenção.
O assunto ganhou mais
evidência ainda com a publicação de estudo recente abordando o tema na revista Circulation,
da American Heart Association, .
O estudo, intitulado INFINITY,
comparou o rebaixamento intensivo dos níveis de pressão arterial com o
tratamento padrão, tendo como objetivo prevenir o declínio cognitivo no idoso.
Tratamento intensivo significa
manter níveis de pressão arterial sistólica abaixo de 130mmHg; já no tratamento
padrão o objetivo é manter a pressão abaixo de 145 mmHg.
Para participar neste estudo,
199 adultos tinham de ter alterações na substância branca do cérebro detectada
por ressonância magnética, que é comumente associada à hipertensão arterial e à
cognição.
Como resultado do estudo, o
grupo que teve o tratamento intensivo apresentou menor progressão das
alterações na substância branca do cérebro ao longo de três anos.
Este achado foi importante,
pois, teoricamente, pacientes com hipertensão arterial crônica poderiam ter
problemas com manutenção de níveis pressóricos mais baixos. O que o INFINITY
demonstrou é que esses pacientes toleraram bem o controle agressivo da pressão
arterial e, mais do que isso, não apresentaram piora dos achados relacionados à
hipertensão arterial na ressonância magnética.
Embora esse estudo não tenha
respondido a todas as questões entre a associação de hipertensão arterial e
demência, é plausível supor que um melhor controle da pressão em pacientes mais
jovens, ao longo de décadas, pode ser um importante fator de prevenção da
demência.
Como a demência é cada vez
mais prevalente e ainda carecemos de tratamento eficaz, todo estudo que
comprove eficácia na sua prevenção é sempre bem-vindo.
Revisão e formatação:
Ophicina de Arte & Prosa
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