Em momentos conturbados como o
que vivemos a junção da neurociência com a filosofia pode nos guiar em nossas
escolhas.
Pensemos na violência, por
exemplo. Ela é fruto da agressividade que está presente em todos animais e é
essencial para a sobrevivência. A natureza não descarta nada. Temos em nosso
cérebro os mesmos mecanismos de agressividade de outros animais. No ser humano
a agressividade é expressa por
violência, seja física, verbal ou mesmo a violência da indiferença,
expressa pela falta de compaixão e empatia.
De onde viemos? Para onde
vamos? Nos pergunta a filosofia.
Viemos dessa matriz animal e
vamos para o que chamamos de humanidade.
O ser humano está em contínua
construção.
A política faz parte do processo
civilizatório ao criar e manter instituições sólidas, para garantir nossa
liberdade e nossos direitos.
Como são construções humanas,
é natural que sejam imperfeitas, como também é natural vivermos momentos de retrocessos.
E são nesses momentos, como o que vivemos hoje, no Brasil e no mundo, que a
junção da neurociência com a filosofia pode nos guiar em nossas escolhas. A
neurofilosofia nos permite pensar um mundo adequado ao nosso destino: a
construção do humano.
Nesse mundo, a liberdade,
representada na política pela democracia, é essencial, pois nos permite também,
não somente pensar, mas também agir, ao votar naqueles que representam nossos
mais caros valores no processo de construção do humano.
É assim que farei minhas
escolhas nas próximas eleições: votando em candidatos que prezam e lutam pela
liberdade, tolerância, compaixão, respeito às instituições e, sobretudo, pela
não violência.
Pois é num mundo assim que quero viver.