Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

Alameda da Serra 400 / 404 - Nova Lima - MG (31)3264-9590 • (31) 3264-9387 jrasomd@yahoo.com.br

Ziquizira



Carlos Chagas (1879-1934), médico sanitarista brasileiro, foi o primeiro e continua sendo o único cientista do mundo a descrever completamente uma doença infecciosa: o agente causador, o mosquito transmissor, os hospedeiros e o quadro clínico. A doença de Chagas, como é conhecida, é causada por um protozoário, o Trypanossoma cruzi. Por muito menos, vários cientistas do mundo já ganharam o prêmio Nobel de Medicina.
Lembro de Chagas, que elucidou para o mundo uma nova doença, quando vivemos a epidemia de microcefalia, que assola o norte e nordeste do país.
A microcefalia é doença congênita já conhecida. O cérebro não se desenvolve adequadamente. O diagnóstico é feito pela medida do perímetro cefálico do recém-nascido acometido, que mede 32 cm ou menos. O diagnóstico pode ser confirmado por imagens do cérebro. Não há tratamento específico, e as crianças acometidas evoluem, na maioria das vezes com retardo mental.
São diversas as causas de microcefalia, como malformações do sistema nervoso central, desnutrição ou exposição a substâncias tóxicas durante a gravidez e infecções como toxoplasmose, rubéola e outras doenças virais.
Foi identificado um aumento de casos (surto) de microcefalia no Brasil. Até agora, são mais de 1200 casos diagnosticados, metade deles no Estado de Pernambuco.
O que faz deste surto uma novidade científica é sua associação com o  vírus Zika, apontado como causa das microcefalias diagnosticadas. O mosquito transmissor desse vírus é o mesmo da dengue, o Aedes aegipty.
A associação da infecção pelo Zyka com os casos de microcefalia é feito brasileiro. As investigações continuam para esclarecer pormenores da transmissão da doença e o comportamento do vírus no organismo humano.
Sabe-se que o período de maior risco está nos primeiros três meses de gravidez. Recomenda-se às gestantes que, independente do destino, consultem seu médico antes de viajar. A doença ainda está restrita a algumas regiões, mas o mosquito Aedes aegipty, infelizmente, já é patrimônio nacional.
A prevenção da infecção exige os mesmos cuidados para a prevenção da dengue, transmitida pelo mesmo mosquito: uso de repelentes e roupas de manga comprida, além do combate ao mosquito com ênfase na eliminação de águas paradas em casa ou no trabalho.

Cientistas brasileiros e a organização mundial de saúde já estudam em conjunto essa nova ziquizira.
Que esse esforço conjunto mereça um prêmio. Não o Nobel, mas o da erradicação da microcefalia infecciosa e, como bônus, da dengue.

Revisão e formatação:
Rachel Kopit
Ophicina de Arte &Prosa
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