Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

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2015: Novidades da pesquisa médica


Os editores de uma das mais prestigiosas revistas médicas, o New England Journal of Medicine, ao final de cada ano fazem um balanço das pesquisas publicadas que podem modificar a prática médica ou ter grande impacto para a saúde das pessoas.
Em 2015 eles escolheram 12 tópicos relevantes. Iremos comentar três deles.
Qual o valor adequado da Pressão Arterial?
Num grande estudo, chamado SPRINT, os pesquisadores compararam dois alvos para a pressão arterial em mais de 9000 pacientes hipertensos, não diabéticos, mas com alto risco para infarto ou AVC.
Pouco mais de três anos depois de iniciado, o estudo foi interrompido, pois foi detectado que o grupo com tratamento intensivo apresentava menos eventos do que o grupo padrão. A média da pressão arterial no grupo do tratamento intensivo foi de 121,5mmHG e, no grupo controle, 134,6mmHg.
A redução do risco foi de 1,6%. Parece pouco, mas não é. Na prática, para prevenir um evento cardio-vascular foi necessário tratar de modo intensivo 60 pacientes em três anos. A American Heart Association ainda não soltou nenhuma recomendação a respeito deste estudo. Entretanto,  vai ficando claro que o alvo ideal do tratamento da hipertensão arterial está mesmo próximo dos 120 mmHG.
Novo tratamento para o derrame
Cinco grandes estudos que  foram publicados em 2015 mostraram os benefícios de um novo tratamento para o acidente vascular cerebral (AVC, derrame). Trata-se da nova geração de “stents” que são introduzidos dentro das artérias cerebrais para retirar coágulos.
São vários os tipos de derrame. Os estudos mostraram benefícios marcantes para apenas alguns tipos , que representam cerca de 10%.
Estes novos tratamentos requerem centros especializados no tratamento do AVC e os pacientes devem ser tratados em até seis horas após o início dos sintomas.
Além de indicar o tratamento para os tipos de AVC com benefícios demonstrados na pesquisa, a  American Heart Association e a Associação americana de AVC consideram razoável este tratamento para outros subgrupos.
Testosterona para andropausa
À medida que o homem envelhece os níveis de testosterona no sangue diminui. Seguindo o mesmo raciocínio utilizado no tratamento da menopausa para as mulheres, tem sido comum a prática de se prescrever reposição de testosterona para homens, alguns deles com sintomas que são chamados de andropausa.
Um estudo publicado em 2015 estudou a reposição de testosterona em 308 homens com níveis no limiar inferior ou ligeiramente abaixo dos valores estabelecidos pelos laboratórios. Foram avaliadas a qualidade de vida e a função sexual, mas a reposição hormonal não mostrou nenhum benefício.
Este estudo é importante, pois sabe-se que a reposição de testosterona aumenta o risco de problemas cardiovasculares.
Desta forma, a reposição hormonal masculina não é indicada para homens assintomáticos, ou com poucos sintomas, quando os níveis de testosterona estão no limiar inferior.
Entretanto, mantem-se a indicação para repor a testosterona naqueles  pacientes com deficiência do hormônio. 



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