Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

Alameda da Serra 400 / 404 - Nova Lima - MG (31)3264-9590 • (31) 3264-9387 jrasomd@yahoo.com.br

Pacto pela não violência

 


Pacto pela não violência

Em outubro de 2022 manifestei minha intenção de voto convocando a neurociência para justifica-la.

O cerne da minha escolha se devia ao fato de que o governo Jair Bolsonaro pregava e praticava constantemente a violência.

Na ocasião escrevi sobre a violência:  “Ela é fruto da agressividade que está presente em todos animais e é essencial para a sobrevivência. A natureza não descarta nada. Temos em nosso cérebro os mesmos mecanismos de agressividade de outros animais. No ser humano a agressividade é expressa por    violência, seja física, verbal ou mesmo a violência da indiferença, expressa pela falta de compaixão e empatia”.

Na evolução do nosso cérebro, áreas mais recentes, notadamente o córtex pré-frontal, vão progressivamente sobrepujando áreas mais antigas, num processo que nos permitiu criar a civilização. Essas mesmas áreas respondem pelo pensamento crítico e suas conexões criam circuitos que resultam em  comportamentos e atitudes essenciais para construir um espaço de convivência em harmonia com nossos pares. Essa evolução cerebral aponta o caminho da sobrevivência da humanidade: dominar a besta que existe dentro de cada um de nós.

Arrematei a crônica de outubro informando que votaria em candidatos que “prezam e lutam pela liberdade, tolerância, compaixão, respeito às instituições e, sobretudo, pela não violência”.

Os acontecimentos desse histórico 8 de janeiro confirmam que eu estava certo. Vestindo verde-amarelo e sob o pretexto de protestar contra os resultados das eleições, bolsonaristas radicais tentaram destruir os símbolos da democracia em Brasília. Não se trata de liberdade de expressão, mas de violência pura e simples.

A reação está em curso. Há em construção um pacto mundial pela democracia que foi visivelmente atacada. As nações civilizadas já aprenderam que a democracia é o melhor modelo de governo e a violência de ontem foi um inequívoca ataque a ela. O repúdio foi imediato.   

Proponho outro pacto, esse, no íntimo de cada cidadão: um pacto pela não violência. Temos evidências de sobra para apostar nessa escolha que, ao dominar o animal que nos habita, nos levará de volta aos trilhos da construção da humanidade.


[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »