Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

Alameda da Serra 400 / 404 - Nova Lima - MG (31)3264-9590 • (31) 3264-9387 jrasomd@yahoo.com.br

Um outro Niemeyer



A morte recente de Oscar Niemeyer, além da grande repercussão no Brasil, foi notícia nos principais jornais do mundo. Uma cobertura digna de sua reputação e importância para a arquitetura.

Vários aspectos de Niemeyer são notáveis. Para mim, o que mais impressiona, é que seus traços continuam modernos, a despeito da longevidade.

Mas sua morte me trouxe imediatamente à lembrança a figura de outro Niemeyer, Paulo, seu irmão.

Paulo Niemeyer foi pioneiro da neurocirurgia no Brasil. Foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, hoje a terceira do mundo.

Foi ele quem introduziu o microscópio cirúrgico no país, equipamento atualmente indispensável para a realização de procedimentos no cérebro e na coluna. Também introduziu a angiografia cerebral, estudo das artérias cerebrais, hoje exame rotineiro na prática neurocirúrgica. Foi o fundador da Liga Brasileira Contra a Epilepsia e mudou a história do tratamento desta doença.

Mas seu maior legado foi a criação do serviço de neurocirurgia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.  Ali, Dr. Paulo operava pacientes não pagantes, além de formar neurocirurgiões espalhados por todo o país. O serviço da Santa Casa hoje é dirigido por seu filho, também neurocirurgião de destaque, Paulo Niemeyer Filho.

Enquanto viveu, Paulo Niemeyer foi considerado o maior neurocirurgião brasileiro, reconhecido não apenas por seus pares, mas também pela sociedade. Ele foi o médico que operou os presidentes Costa e Silva e João Batista Figueiredo, além da filha de Geisel.

Porém, sua importância para a neurocirurgia não se restringe ao Brasil. Paulo Niemeyer desenvolveu técnica cirúrgica para tratamento da epilepsia utilizada até hoje em todo mundo.

Este outro Niemeyer era católico, ao contrário de seu irmão arquiteto, assumidamente comunista e ateu.  Mas se compararmos os feitos sociais dos dois, Dr. Paulo praticou o ideário comunista com muito mais profundidade. Basta levar em consideração seu trabalho na Santa Casa de Misericórdia do Rio, onde tornou possível a realização de procedimentos neurocirúrgicos complexos e caros para a população carente.

Tanto um quanto outro guardam semelhanças na grandiosidade de suas atividades, na simpatia e humildade. E os dois Niemeyer jamais serão esquecidos. Oscar, por sua arquitetura, Paulo pela excelência e importância social de seu trabalho como neurocirurgião.


Ophicina de Arte & Prosa
Se seu sonho é escrever, nosso negócio é publicar.
www.ophicinadearteprosa-kopitpoetta.blogspot.com
arte.prosa@gmail.com
[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

A fuga e o Estresse



Vários estudos apontam  os benefícios da atividade física regular para a saúde e o bem-estar. Estão muito bem documentados os efeitos benéficos dos exercícios para o coração e também para a atividade cognitiva. Estudos recentes até comprovam a relação de atividade física regular com menor incidência de demência.

Mas, afinal, por que a atividade física é benéfica? Os preguiçosos de plantão argumentam, em sua defesa, que a tartaruga, por exemplo, não faz nada e vive duzentos anos. Por que com o homem seria diferente?

Penso que as respostas estão na reação do homem ao estresse.

Nosso sistema nervoso está bem preparado para reagir em situações de estresse agudo. Imagine sua reação se, por exemplo, durante um passeio no campo, você se deparasse com uma cobra. Seu coração dispara, a pressão arterial sobe, a pupila de seus olhos se dilata, bem como os brônquios, a pele fica fria. Sua reação é quase imediata. Você pode olhar ao redor e ver se há algum pau para matar a cobra ou pode sair em disparada para um local seguro.  Seu corpo está preparado para enfrentar o perigo ou fugir dele.

Esta reação em nosso organismo se chama resposta simpática. Trata-se do sistema nervoso autônomo que provoca alterações no coração, pulmões, olhos e no próprio cérebro e que nos prepara justamente para lutar ou fugir.

Há outro sistema, chamado parassimpático, que tem ações praticamente opostas àquelas do sistema simpático, de modo a manter o corpo em constante equilíbrio.

O homem moderno é mais urbano do que nunca. A probabilidade de nos defrontarmos com uma cobra em uma região metropolitana é praticamente nula. Entretanto, outras causas de estress  são muito comuns: a luta pela sobrevivência, o consumismo, o trânsito engarrafado, a competição no trabalho, a violência e as contas a pagar, por exemplo, provocam, em nosso organismo, uma situação crônica de estresse. Vale dizer que, guardadas as proporções, estamos diariamente preparando nosso corpo para enfrentar essas diversas “cobras” urbanas.

Assim, nosso cérebro está sendo constantemente bombardeado com informações de alerta e preparando respostas a este estresse crônico. Os efeitos deletérios sobre o corpo podem ser mensurados, como a hipertensão arterial.

Uma das formas de resolver o estresse é a fuga, e é aí que a atividade física tem um papel fundamental.  Ao colocar o corpo em movimento acelerado, sem que tenhamos percepção disso, estamos informando nosso cérebro de que estamos fugindo do perigo que nos ameaça.

Ao findar o exercício, o cérebro se convence de que o perigo passou, facilitando o restabelecimento doo equilíbrio entre os sistemas simpático e parassimpático.

O exercício nos acalma, baixa nossa pressão e nos prepara para continuarmos a enfrentar o estresse nosso de cada dia.

Paradoxalmente, o homem moderno descobriu que a melhor forma de enfrentar o estresse é fugir dele.  O exercício físico é nossa rota de fuga mais eficaz.



Ophicina de Arte & Prosa
Se seu sonho é escrever, nosso negócio é publicar.
www.ophicinadearteprosa-kopitpoetta.blogspot.com
[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

Anti aging 2




Volto a tratar do assunto do envelhecimento.

As Televisões atuais, com alta definição de imagem, expõem o dilema de muitas  atrizes e atores. As rugas aparecem como nunca. Porém, bem mais feios que as rugas são os efeitos da toxina botulínica que procuram escondê-las. A  pele fica parecendo um pergaminho,  com dobras esquisitas e expressões pobres. Penso que o trabalho dos maquiadores deva estar ficando cada vez mais desafiador.

Mas a vaidade convoca o desejo de se evitar os efeitos do envelhecimento. O avanço da Medicina nesta área tem sido enorme. Estamos vivendo mais e com melhor qualidade de vida. E o arsenal de procedimentos médicos para combater o envelhecimento é crescente.

Quanto mais a ciência  desvenda os mecanismos do envelhecimento, mais propicia a criação de estratégias  para combatê-lo. Até que ponto estas estratégias devam ser utilizadas na prática médica será sempre uma questão de bom senso.

Lembro-me de Descartes ao comentar sobre o bom senso, que em sua opinião é o atributo humano mais bem distribuído. Com ironia, Descartes dizia que ninguém pensa que precisa  mais do que o  bom senso  que  já tem.

Entretanto, penso que, sem ironia, o atributo humano mais universal não seja o bom senso, mas a vaidade. A luta contra o envelhecimento é apenas uma de suas facetas.

Além de alimentar a fabulosa indústria de cosméticos a vaidade tem estimulado a procura por tratamentos médicos contra o envelhecimento. Na esteira desta demanda recente, muitos médicos, de diversas especialidades, se embrenham no ramo da medicina anti-aging.

E é justamente esta demanda crescente que cria novos problemas médicos de natureza ética, relacionados com os tratamentos oferecidos à população, ávida de novidades, avessa ao envelhecimento natural. 

No que diz respeito à pele e seu envelhecimento, os abusos têm sido freqüentes.

Dr. Geraldo Barroso, renomado dermatologista,  membro da Academia Mineira de Medicina, adverte:

“Na dermatologia, a procura por medidas contra o envelhecimento cutâneo tem levado ao abandono da dermatologia clínica. A cosmiatria tem atraído jovens médicos, para uma prática enganosa e perniciosa. Temos visto médicos de outras especialidades, não ligadas à dermatologia, praticando procedimentos na área da cosmiatria, sem um conhecimento adequado da pele e dos seus males. Para se praticar qualquer ação médica, seja curativa ou preventiva, é mister que se faça, antes, um diagnóstico e um prognóstico. A desobediência a tais princípios básicos, mesmo nos procedimentos mais simples, fere a ética. Nada tenho contra a cosmiatria e contra as práticas esteticistas, mas elas devem ser orientadas sempre pelo dermatologista”.

 Os dois princípios fundamentais que regem a ética médica são  os princípios da beneficência e o da não-maleficência: fazer o bem, mas, sobretudo não fazer o mal.

A máxima latina Primum non nocere deve ser o mote de qualquer tratamento médico:  em primeiro lugar, não provocar danos. O avanço indiscriminado da cosmiatria tem ferido este princípio ético fundamental. Dr. Geraldo Barroso cita um exemplo:

“Há pouco tempo, uma paciente portadora de púrpura trombocitopênica submeteu-se a uma limpeza de pele que teve a face desfigurada, com equimoses e pequenas cicatrizes (estas definitivas) em consequência das tentativas inadequadas para estancar os sangramentos. Qualquer dermatologista de boa formação teria feito uma anamnese e teria identificado pequeninas manchas purpúricas indicativas de um transtorno sanguíneo que teria de ser pesquisado”.

Se a vaidade elege o envelhecimento como  inimigo a ser combatido, seria prudente convocar o bom senso como seu aliado.  

Revisão e formatação
Ophicina de arte & Prosa
Se seu sonho é escrever, nosso negócio é publicar.
[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

Terminalidade

PH sofreu um acidente automobilístico com traumatismo crânio encefálico muito grave. Chegou ao Hospital em coma, respirando por uma sonda nasotraqueal. Após vários exames, foi submetido a um implante de um sensor em seu cérebro, para medida constante da pressão intracraniana.. Ao cabo da primeira semana, foi submetido a uma traqueostomia. Permaneceu internado na Terapia Intensiva por três semanas. Aos poucos, foi recuperando a consciência, passando a responder a estímulos. Foi transferido para um apartamento e, após o fechamento da traqueostomia, passou a respirar normalmente pelo nariz e recebeu alta para casa. Ao todo, foram cerca de 40 dias no Hospital, metade deles no CTI. Passados alguns meses, PH  foi liberado para voltar ao trabalho.
A revista Veja publicou, na última semana, uma reportagem sobre a terminalidade e o testamento vital. A reportagem traz exemplos de algumas pessoas que fizeram seu testamento em vida, especificando limites para o tratamento médico, caso fiquem sem possibilidade de tomar decisões por graves problemas de saúde.
O que me chamou atenção foi o testemunho de uma médica que diz que ela não quer ser internada por mais de sete dias em CTI, onde sua intimidade será invadida e os cuidados básicos com seu corpo, como o banho, por exemplo, ficariam a cargo de terceiros.
O exemplo do paciente PH mostra que não é o tempo de CTI que importa. O que faz toda a diferença, em qualquer tratamento, é a gravidade da doença e o prognóstico, ou seja, a possiblidade de recuperação.
Ao estipular, em seu testamento vital, que ela não autoriza internação no CTI por mais de uma semana, essa médica está decretando sua própria morte que, em várias situações, poderia ser evitada.
Prolongar tratamentos, sem que haja perspectivas de recuperação de um paciente com qualidade de vida, é o ,que deve ser evitado.
Estipular prazos e limites para tal é função que só pode ser determinada caso a caso, pelo médico assistente.
No caso do paciente PH, por exemplo, sabíamos que o paciente poderia recuperar-se integralmente, embora o risco de sequelas não pudesse ser determinado no momento da internação. Mas, para recuperar-se, com sequelas ou não, seria necessário passar por um período prolongado no Hospital, onde sua intimidade foi, sim, invadida e o cuidado com seu corpo foi delegado a terceiros, especialmente treinados para isso.
O que não se pode confundir, ao se redigir um testamento vital, é o desejo com a necessidade. Ninguém, em sã consciência, desejaria ficar numa unidade de terapia intensiva por tempo prolongado. Muito menos que os cuidados mínimos com seu corpo ficassem sob responsabilidade de outra pessoa. Mas se isso for necessário para a recuperação, não se submeter ao tratamento seria, para dizer o mínimo, insensato.
É bom que as pessoas debrucem o pensamento sobre a terminalidade. Penso mesmo que redigir um testamento vital seja muito útil, pois transforma em documento o desejo da pessoa.
O que não deve constar no testamento são limites específicos que só podem ser determinados caso a caso, na beira do leito, sob inteira responsabilidade do médico assistente.

Revisão e formatação
Oficina Arte&Prosa
Se seusonho é escrever, nosso negócio é publicar.
[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

Anti Aging

Com o avanço da medicina, as pessoas estão vivendo mais e melhor.  É natural que a prevenção de doenças próprias do idoso ganhe espaço na prática da Medicina. Para isso, são realizadas inúmeras pesquisas de novos medicamentos que interferem com o processo e as consequências do envelhecimento natural.
Hoje, a prática da Medicina deve ser baseada em evidências científicas. Infelizmente, a luta contra o envelhecimento comumente é travada em solo minado por promessas de drogas milagrosas que prometem o que não cumprem e, pior, colocam em risco a saúde das pessoas.
Foi por isso que o Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou uma extensa revisão dos estudos científicos relacionados à prática da medicina antienvelhecimento, ou anti aging como é mais conhecida.
As conclusões deste estudo estão expressas no Parecer 29/12, aprovado em julho deste ano, que apontam a falta de evidências científicas que justifiquem a prática da medicina anti aging.
A principal crítica do parecer do CFM diz respeito à reposição hormonal e à suplementação alimentar com antioxidantes, vitaminas e sais minerais.
O alerta do CFM faz sentido, pois os procedimentos anti aging podem causar mais danos que benefícios.
Um dos exemplos é a prescrição de hormônios utilizados para tratar disfunções glandulares, para pacientes que não têm deficiência hormonal. Com a promessa de promover o rejuvenescimento, a prescrição desses hormônios pode colocar a vida do paciente em risco, com o desenvolvimento de diabetes e até de alguns tipos de câncer.
A prática da medicina anti aging, com uso de medicamentos sem o respaldo científico, fere o Código de Ética Médica. Cinco médicos já tiveram o registro profissional cassado pelo CFM, em decorrência da prática abusiva da medicina anti aging. Nove outros sofreram punições pela publicidade sensacionalista de tratamentos milagrosos.
Se, por um, lado os hormônios e antioxidantes estão na berlinda, existem evidências que sustentam os benefícios da mudança de alguns hábitos para um envelhecimento mais saudável. E, o que é melhor ainda, estes hábitos não têm contraindicações:

  • Estimule seu cérebro: assim como o resto do corpo, o cérebro precisa de exercícios. Leia mais, ouça música, aprenda algo novo, uma língua nova ou simplesmente preste mais atenção em seu ambiente, nos sons, nos estímulos visuais, nos cheiros;
  • Faça uma alimentação saudável: beba água, coma frutas, grãos e vegetais para suprimento adequado de vitaminas e minerais;
  • Pratique exercícios: a prática de exercícios aeróbicos é o melhor antídoto para a perda de estaminas, da massa muscular e da densidade óssea, associadas ao envelhecimento.
  • Durma bem: o cérebro necessita do sono para funcionar melhor. E seu corpo também.
  • Cuide do espírito: seja por meditação, preces ou outras práticas religiosas. E divirta-se. Cuidar do espírito é tão importante quanto cuidar do corpo.

Mas talvez o mais importante seja mesmo aceitar o envelhecer como uma dádiva, não como uma condenação.
Nelson Rodrigues, o maior dramaturgo brasileiro, deixou um conselho para os jovens: envelheçam! E Rita Lee, nossa rainha do rock and roll, aconselha-nos a ser sempre crianças, sem parar de crescer.
É sempre bom lembrar que os artistas estão sempre um passo à frente dos cientistas.



Revisão e formatação:
Ophicina de arte & prosa
Se seusonho é escrever, nosso negócio é publicar.

[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

Saúde, direito de todos ou do governo?


Em uma de minhas peças de teatro (A divina decepção) faço troça com nosso sistema único de saúde, o SUS, e a  Constituição quando meu personagem diz que a “saúde é um dever de todos e um direito do reino”.

À luz de nosso sistema de saúde, a troça faz sentido. Se, por um lado, nossa Lei maior diz que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, na prática, nosso Sistema Único de Saúde simplesmente não cumpre seu dever.

Os planos de saúde, por seu turno, são verdadeiros planos de saúde mesmo. Quando o sujeito adoece, não raro tem de brigar com seus planos para a cobertura integral do tratamento.  Afinal, eles são planos de saúde. Quem mandou adoecer?

No reino fictício de minha peça, o governo simplesmente obriga as pessoas a ter saúde e ponto final. Problema resolvido.

Sei que a arte é imitação da vida. Mas, sinceramente, nunca pensei que essa troça fosse ser confirmada. Pois aconteceu.

A crise do sistema de saúde americano levou o presidente Barach Obama a propor uma reforma drástica com um plano que obriga cada americano a ter um plano de saúde. Democratas e Republicanos fizeram acaloradas discussões pró e contra a reforma.

Obviamente, na capital da democracia moderna, o governo foi questionado judicialmente, e a Suprema Corte teve de responder ao seguinte argumento: Pode um governo exigir que um cidadão compre um plano de saúde?

A resposta da Suprema Corte foi a esperada: não. Entretanto, o plano do governo não foi considerado inconstitucional por um simples e irônico detalhe: a punição para quem não adquirir um plano. Se um americano se recusar a adquirir um plano de saúde, o governo irá cobrar, no Imposto de renda dele, uma taxa de 2,5%.

A Suprema Corte diz que o governo tem o poder de criar taxas, portanto, o plano de Obama continua valendo.

Com a aprovação, acredita-se que 32 milhões de americanos deverão adquirir um plano de saúde, e cerca de 4 milhões não terão esse benefício oferecido por seus patrões. No corpo do plano, só empresas com mais de 50 empregados é que são obrigadas a oferecer planos de saúde a seus funcionários.

O ObamaCare, como é conhecido o plano de reforma na saúde do atual presidente americano, tem fortes aliados e opositores. Todos sabem que a Saúde precisa de reforma, pois o modelo atual é insustentável. O preço da medicina americana é estratosférico, e grande número de americanos simplesmente estão sem nenhuma cobertura.

Hospitais e seguradoras comemoram a decisão da Suprema Corte. Os médicos estão divididos. Mas e o povo, o que pensa?

Essa resposta virá em Novembro, quando haverá eleição para presidente nos Estados Unidos. Afinal, o plano de Obama venceu apenas o primeiro ato, o judicial. Deverá vencer nas urnas também, pois só entrará em vigor em 2014.

Barach Obama e seu plano são candidatos à reeleição. Seu opositor, Mitt Rommey, já prometeu que, se vencer as eleições, enterra de vez o ObamaCare.

A decisão da Suprema Corte deixa claro para todos que a reforma vai doer no bolso do cidadão americano, seja diretamente, ao adquirir um plano de saúde, ou indiretamente, por meio da taxa no imposto de renda. 

Em novembro, o cidadão americano terá a oportunidade de aprovar ou não a reforma na saúde e, de maneira bem clara e objetiva: votando em um ou outro candidato.





Revisão e formatação



Ophicina de Arte & Prosa

Se seu sonho é escrever, nosso negócio é publicar.




[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

IDH e a Saúde




Se você passar hoje pela região hospitalar da capital vai ver que dois dos mais importantes hospitais de Belo Horizonte estão em greve: O João XXIII, maior hospital de trauma e emergências do Estado, e o Hospital das Clínicas, único Hospital Federal de Belo Horizonte, referência para os pacientes do Sistema Único de Saúde, o SUS.

O que é que isso tem a ver com IDH, título desta crônica?

O IDH, índice de desenvolvimento humano, é uma espécie de termômetro. É uma medida comparativa entre os países, levando em conta a riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores. Em outras palavras, mede o bem-estar da população, com ênfase no bem-estar infantil. É com este índice que podemos distinguir um país desenvolvido de outro em desenvolvimento ou subdesenvolvido. Além disso, é possível, por meio deste índice, avaliar o impacto das políticas públicas na qualidade de vida.

O Brasil ocupa hoje a 84ª. posição no ranking da IDH. Em relação a 2009, subiu um ponto. Está bem atrás da Grécia, por exemplo. Ou do Uruguai, Peru, da Venezuela e do Equador e, é claro, da Argentina. Se, no Futebol, às vezes ganhamos dos hermanos, no IDH a Argentina dá de balaiada no Brasil.

Entre o grupo de países emergentes, conhecidos com Brics, o Brasil é o segundo colocado, atrás da Rússia.

O Brasil melhorou um ponto no ranking devido à melhor distribuição de renda. O poder de compra é um dos índices importantes do IDH, e nisso houve uma importante melhora. Entretanto, os dados da educação e saúde utilizados para o cálculo do IDH não mudaram em nada.

Se, por um lado houve aumento da renda, por outro, os serviços à população na área da Saúde em nada melhoraram. A greve nos serviços públicos é apenas mais um sintoma deste quadro.

O IDH é apenas um termômetro, que auxilia no diagnóstico. Porém, o mais preocupante não é saber que vamos mal de saúde, e sim o tratamento proposto pelo Governo.

A despeito da orientação contrária, baseada em estudos das entidades médicas, o Governo decidiu abrir mais escolas de Medicina pelo país afora.  Acredita que, com mais médicos no mercado, o problema da Saúde será resolvido.

Nenhum dos países à frente do Brasil no IDH tem a quantidade de Escolas Médicas que nós temos hoje, ainda que muitos deles tenham população muito maior. 

Tratar o problema da saúde colocando mais médicos neste cenário pode nos levar para um cenário ainda mais preocupante. Se hoje o grande problema é o acesso aos serviços de saúde pública, amanhã o grande problema será a qualidade desses serviços.

Quem tem dinheiro ou ocupa altos cargos no executivo, pode se dar ao luxo de escolher as melhores instituições e os melhores médicos para se tratar. Quanto ao brasileiro pobre, que depende exclusivamente do SUS, é melhor não ficar doente.

Revisão e Formatação

Ophicina de Arte & Prosa

Se seu sonho é escrever, nosso negócio é publicar




Arte.prosa@gmail.com


[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

Crack




O crack é produzido a partir da cocaína e seus efeitos no sistema nervoso provocam oscilação de humor e dificuldade de raciocínio e concentração além de distúrbios da memória. A droga pode ainda provocar doenças pulmonares, doenças cardíacas e doenças psiquiátricas, como paranoia, alucinações e psicose.

O ministério da saúde estima que cerca de dois milhões de brasileiros são usuários de crack. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número seja bem maior, em torno de seis milhões.

Apesar da divergência dos números, todos concordam que estamos diante de uma epidemia grave, uma vez que um terço destes usuários irá morrer em decorrência do uso do crack.

O Ministério da Saúde e as entidades médicas (Conselho Federal de Medicina, Federação Nacional dos Médicos e Associação Médica Brasileira) iniciam agora força-tarefa para combater esta epidemia. As ações destas entidades estão sendo apresentadas em formas de cartilhas que orientam quanto ao problema e apontam para as soluções que serão coordenadas pelo Governo Federal.

As entidades médicas entendem que o problema deva ser combatido em três eixos : policial, da saúde e social.  

No eixo policial sugerem ações de inteligência para reprimir a entrada da droga no país e mapear os principais pontos de venda. Sugerem também ações para controle fiscal de movimentação financeira do tráfico e dos insumos próprios ao fabrico do crack.

No eixo da saúde, pretende-se estruturar e capacitar as portas de entrada para o usuário e divulgar diretrizes para o tratamento do uso, abuso e dependência da droga.

O eixo social, a sugestão é criar alternativas como centros de convivência nas periferias das grandes cidades com espaços de lazer, cultura e inclusão digital. Em longo prazo a melhora da qualidade das escolas com implantação do horário integral e formação profissionalizante permitirá inclusão social e diminuição do risco de consumo de drogas.

A mobilização do governo e das entidades médicas é passo decisivo para o enfrentamento do problema e pode ser bem sucedida se for feita de forma articulada e contínua. Mas o sucesso deste esforço só será conseguido por meio da participação de toda sociedade.

Já existem locais para atendimento ao usuário em todo país. Para mais informações acesse www.enfrenteocrack.org.br ou ligue para o 0800 5100015, central de atendimento gratuito.



 Revisão e formatação: Ophicina de Arte e Prosa



[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

A loucura de Newton


O livro Principia de Isaac Newton é considerado um dos mais importantes da história da ciência. Nele estão devidamente explicadas as famosas três leis de Newton, utlizadas até hoje por cientistas espaciais e físicos.

Newton foi também o inventor do Cálculo e seus conhecimentos profundos de matemática estão em outro livro, Optika, o mesmo em que expõe sua teoria da decomposição da luz branca.

Newton nasceu em 25/12/1642, no mesmo ano em que morreu Galileu, numa cidadezinha próxima a Cambridge. Estudou no Trinity College de Cambridge, onde foi professor da cátedra lucasiana, a mesma ocupada por Stephen Hawking até 2009 e pelo físico Michael Green, atualmente. Foi presidente da Royal Society e Diretor da casa da moeda em Londres. Recebeu o título de cavaleiro (Sir) dado pela Rainha Anne. Morreu em 1727 e tem um imponente mausoléu na Abadia de Westminster.

Seus trabalhos em ciência e teologia são amplamente conhecidos. Entretanto, Newton escreveu mais sobre alquimia do que sobre ciência.

Seus escritos sobre este tema foram mantidos em segredo até 1936, quando o economista John Maynard Keynes os arrematou em leilão.  Keynes estudou estes trabalhos e iria proferir uma palestra sobre eles em 1942, intitulada Newton, o homem. Seria uma homenagem promovida pela Universidade de Cambridge ao tricentenário de nascimento do cientista. Entretanto, devido à Guerra, a homenagem foi adiada. Ela ocorreu em 1946. Infelizmente, meses antes, Keynes havia morrido e sua palestra foi lida por seu irmão.

O conhecimento destes escritos de Newton sobre alquimia permitiram esclarecer um fato meio nebuloso em sua história. Ele apresentou um episódio de “loucura”, com alteração do comportamento e comprometimento transitório de sua mente brilhante. Diversas causas foram atribuídas ao “ataque de nervos” de Newton, desde a exaustão passando por desilusões amorosas.

Dois pesquisadores sul-africanos, Spargo e Pounds, ao tomarem conhecimento desse lado oculto de Newton, investigaram, com técnicas modernas, quatro amostras de cabelo de Newton, na busca de sinais de exposição a metais pesados. Este estudo revelou níveis altos de chumbo e mercúrio. Os sinais e sintomas apresentados por Newton em sua “loucura” são os mesmos da intoxicação por mercúrio.  

Assim, concluíram os autores que os distúrbios mentais de Newton foram causados por intoxicação devido à inalação e mesmo ingestão de mercúrio utilizado em seus trabalhos com alquimia.

Newton era também profundo estudioso da bíblia e fez previsões apocalípticas. Para o cientista, o mundo irá acabar no ano de 2060.

Apesar de ter sido o inventor do cálculo, torcemos para que tenha se enganado neste.






Revisão e Formatação

Ophicina de Arte & Prosa

Se seu sonho é escrever, nosso negócio é publicar


Arte.prosa@gmail.com
[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

Alzheimer: o que há no horizonte?


Alzheimer: o que há no horizonte?



O hospital da Unimed-BH organizou, na última sexta-feira, dia 16, a palestra "Alzheimer: o que há no horizonte?", proferida pelo neurologista Igor Levy, médico mineiro que se especializou nos Estados unidos e hoje trabalha em Naples, na Flórida.

Com o envelhecimento da população e a prevalência do mal de Alzheimer, não é exagero considerá-lo um problema de saúde pública.

A doença se manifesta inicialmente com a perda da memória recente ou da memória para episódios. Progride com o comprometimento de toda a memória e capacidade de aprendizado, terminando por destruir áreas do cérebro responsáveis por tarefas simples, como o cuidado com o próprio corpo e o reconhecimento do ambiente e de pessoas da família. A doença é progressiva e ainda não há cura.

Segundo Igor Levy, o Presidente americano Barack Obama convocou os cientistas americanos dando a eles a difícil tarefa de, em 10 anos, encontrar a cura para a Doença de Alzheimer. Esse é o ponto de partida para a obtenção de mais financiamentos para pesquisas sobre a doença.

Na palestra, o neurologista traçou um cenário completamente diferente do atual no diagnóstico e na prevenção da Doença de Alzheimer.

A pouca eficácia dos tratamentos hoje disponíveis se deve, em grande parte, ao que ele considera diagnóstico tardio. Acredita-se hoje, que à semelhança da doença coronariana, as pesquisas permitirão o diagnóstico precoce da doença, tornando os tratamentos mais eficazes, num futuro que não parece tão distante.

Nos Estados Unidos já estão disponíveis as dosagens de substâncias como a proteína B amiloide e a proteína Tau, ambas envolvidas na destruição progressiva dos neurônios, característica da doença de Alzheimer. Exames de imagem como o PET scan, com marcadores específicos, também têm sido utilizados no diagnóstico precoce.

Há medicações com potencial para neutralizar ou mesmo limpar o organismo destas substâncias, sendo esta a melhor perspectiva de prevenção e até mesmo de cura.

Igor Levy também falou sobre a correlação de hábitos alimentares e o desenvolvimento da doença. Sabe-se, à partir de estudos populacionais, que a dieta do mediterrâneo, rica em ômega 3 presente em peixes de água salgada, é sabidamente  benéfica na prevenção não só da doença coronariana, mas  também é eficaz na prevenção da doença de Alzheimer.

Na Índia, a prevalência da doença é baixa, se comparada a outros países. O uso rotineiro na alimentação de especiarias como o curry (curcuma) é apontado como um dos fatores responsáveis.

Da mesma forma, a atividade física aeróbica  e o uso moderado de álcool em geral (até dois drinks diários), especialmente o vinho tinto são fatores protetores.

Um dos pontos mais interessantes da palestra foi a confirmação de que a atividade intelectual cria uma reserva cerebral que, se não evita os sintomas da doença, certamente retarda seu aparecimento.

Portanto, antes que a medicina seja capaz de nos oferecer a cura, alguns hábitos estão ao alcance de todos para a prevenção da doença de Alzheimer: dieta saudável, atividade física aeróbica e a construção de uma reserva intelectual são bons exemplos.





Revisão e formatação:

 Ophicina de Arte e Prosa



 
[ Leia mais ]

Posted by Jair Raso 0 comentários »

Neuralgia do Trigêmeo e Espasmo facial

Micro descompressão neurovascular (Neuralgia do Trigêmeo e Espasmo Facial)


A causa mais comum de Neuralgia do trigêmeo é a compressão de uma alça arterial, geralmente a artéria cerebelar superior, no ponto de entrada do nervo trigêmeo no tronco encefálico.

O tratamento com medicação geralmente é eficaz. Para os casos refratários, há três procedimentos cirúrgicos: Coagulação do nervo trigêmeo por radiofreqüência, Compressão do nervo trigêmeo por balão e micro descompressão neurovascular.

Neste último procedimento, com auxílio do microscópio cirúrgico, o ponto de entrada do nervo no tronco encefálico é exposto e a alça arterial responsável pela compressão é afastada do nervo. Utilizamos um material especial (PTFE) para manter o afastamento.

Da mesma forma, o espasmo facial é provocado pela compressão do nervo facial pela artéria vertebral ou a artéria cerebelar anterior inferior. Não há tratamento medicamentoso. Pode ser aplicada toxina botulínica nos músculos da face, que por algum tempo deixam de sofrer os espasmos involuntários. A micro descompressão neurovascular é o tratamento indicado para casos acentuados e é realizada da mesma foram que a descompressão do nervo trigêmeo. 


1-cirurgia de descompressao do facial- exposicao

2- arteria comprimindo nervo facial

3- Material (PTFE) separando a arteria do nervo

[ Leia mais ]

Posted by Anônimo 0 comentários »

Medicina: Evidência ou Indiferença?

Segundo Le Breton, “a palavra do especialista é evangelho para os leigos”. Daí a importância da opinião médica que faz diagnóstico, pede exames e prescreve tratamentos.
Em que se baseiam os médicos para realizar seu trabalho? Hoje, mais do que em qualquer outra época, a Medicina requer para si o status de ciência, e o estado atual desta arte científica chama-se Medicina baseada em evidência.
Desde sua proposição, em 1992 no prestigioso periódico Journal of American Medical Association (JAMA), a medicina baseada em evidência (MBE) tem se tornado verdadeiro mantra, falado e repetido a quatro cantos pelos profissionais de saúde.
A MBE procurar evitar a intuição e a experiência clínica sem sistematização e tem como pilar sólido as evidências das pesquisas clínicas. Os ensaios clínicos randomizados são a vedete da MBE.
A prática desta nova Medicina exige que o médico não apenas pesquise a literatura especializada, mas que tenha capacidade para analisar, de modo crítico, as publicações.
A simples opinião médica, antes evangelho para os leigos, é considerada pela MBE o grau mais rasteiro de evidência. No topo da pirâmide, está a análise sistemática dos ensaios randomizados.

Mas a MBE tem limitações. Para início de conversa, a maioria dos ensaios clínicos randomizados são realizados na América e na Europa ocidental. Seus achados e conclusões podem ser estendidos para o mundo em desenvolvimento?
Para responder a essa pergunta, basta citar algumas características da experiência clínica em países menos desenvolvidos: Geralmente as doenças têm apresentação tardia, pela dificuldade de acesso da população aos serviços de saúde, com consequente diagnóstico tardio; a prática da automedicação é avassaladora; o encaminhamento para serviços de referência é difícil; o controle de infecção é menor, se comparado aos centros desenvolvidos; o seguimento dos pacientes é precário; o paciente tem dificuldade de manter o tratamento proposto, muitas vezes, por limitações econômicas.
Nenhuma dessas características é levada em conta em nenhum dos ensaios clínicos randomizados. Assim, o mantra da MBE pode até ser falado e repetido pelos médicos de países em desenvolvimentos, mas sua aplicação prática é bem mais limitada.
Em nosso meio, os médicos, de um modo geral, gastam a maior parte de seu tempo em atividade, devido à baixa remuneração dos serviços prestados, o que exige elevada carga horária de trabalho.  Dedicam menos horas ao estudo e à atualização, que tem de caber dentro de seu orçamento.
Mais do que isso, a implementação da MBE na maioria das instituições em que trabalham assim como sua aceitação pelas operadoras de plano de saúde, são difíceis, e a incorporação de novas tecnologias é muito lenta ou simplesmente inviável.
Assim, mesmo que tenha conhecimentos suficientes para a prática da Medicina baseada em evidência, as condições de trabalho do médico em país em desenvolvimento o levam à prática da medicina baseada na indiferença.

Dr. Jair L. Raso

Revisão e formatação
Ophicina de Arte e Prosa - www.ophicinadearteprosa-kopitpoetta.blogspot.com
[ Leia mais ]

Posted by Anônimo 0 comentários »

Aneurisma Cerebral

Aneurisma cerebral é uma doença nas artérias do cérebro que pode provocar hemorragias (derrame). Quando a hemorragia ocorre ela pode ser fatal em até um terço dos pacientes. Os pacientes que sobrevivem à hemorragia geralmente são tratados com cirurgia ou embolização com coil (molas). Embora a embolização seja uma modalidade corrente no tratamento dos aneurismas, disponível em nosso serviço, a cirurgia ainda tem um papel fundamental no tratamento dos aneurismas cerebrais. 

A cirurgia dos aneurismas geralmente é realizada nos primeiros dias após o sangramento, ou tardiamente, após o décimo ou décimo quarto dia. Isso porque, nesse período intermediário, o paciente corre o risco de desenvolver vasospasmo, que é um estreitamento dos vasos nas áreas onde ocorreram o sangramento. O Vasospasmo pode provocar paralisias e requer um tratamento especializado em CTI. Para avaliar a ocorrência de vasospasmo utilizamos, dentre outros recursos, o exame do fluxo nas artérias pelo Doppler transcraniano.

A equipe multidisclinar composta por cirurgião, cirurgião endovascular e intensivista é necessária para a correta avaliação de cada caso e indicação da melhor modalidade de tratamento e do momento ideal para realizá-lo. 

Caso Ilustrativo:



1-aneurisma 

2-exposicao do aneurisma com microscopio cirurgico

3-colocacao de clipe no aneurisma

4- clipe excluindo o aneurisma

5- clipe  excluindo aneurisma 

 ________________________________________________________________________________

Esse é um sumário escrito pelo Dr. Jair Raso, com exemplos de casos para ajudar pacientes e familiares entender vários tipos de distúrbios neurológicos que podem ser tratados no Biocor Instituto  pelo Dr. Jair e sua equipe. Nunca é demais ressaltar que cada caso deve ser avaliado individualmente, por uma equipe multidisciplinar, para que a modalidade de tratamento mais adequada seja escolhida. 
[ Leia mais ]

Posted by Anônimo 0 comentários »

Cirurgia de Bypass / Revascularização Cerebral

Técnicas cirúrgicas refinadas permitem hoje ao neurocirurgião reestabelecer a circulação cerebral em casos de isquemia ou de fazer pontes (by-pass) utilizando enxerto de safena ou enxerto arterial substituindo grandes artérias cerebrais. Essa técnica pode ser utilizada  para o tratamento de aneurismas gigantes complexos e para casos em que o tratamento cirúrgico possa implicar sacrifício de uma grande artéria cerebral.
Há dois tipos de by-pass: o chamado de alto fluxo e o de baixo fluxo.

• By-Pass de alto fluxo
O By pass de alto fluxo é utilizado quando é necessário o sacrifício de uma grande artéria cerebral, substituindo o vaso sacrificado, evitando-assim um derrame por falta de circulação cerebral.

No exemplo abaixo, a artéria carótida direita foi sacrificada para tratamento de um aneurisma gigante. Um enxerto de safena foi utilizado para fazer a ponte (By-pass)

Aneurisma gigante da artéria carótida

Enxerto de veia safena suturado em uma artéria intracerebral

Controle por angiografia per operatória, mostrando a ponte funcionante    


• By pass de baixo fluxo

Para casos selecionados de isquemia cerebral, quando a irrigação cerebral está comprometida, pode ser indicado a utilização de by-pass de baixo fluxo. Esses são feitos com artérias que irrigam o couro cabeludo, que são desviadas e suturadas em artérias intracerebrais. Essas suturas são feitas com fios muito finos, da espessura de um fio de cabelo e podem evitar que o paciente sofra um derrame
Essa mesma técnica pode ser utilizada em casos de pacientes que sofrem de doença de Moya-Moya ou também em casos de drepanocitose (anemia falciforme).


Artéria temporal superficial suturada em ramo de artéria cerebral média


Angiografia pós operatória mostrando o by pass de baixo fluxo funcionante

________________________________________________________________________________
Esse é um sumário escrito pelo Dr. Jair Raso, com exemplos de casos para ajudar pacientes e familiares entender vários tipos de distúrbios neurológicos que podem ser tratados no Biocor Instituto  pelo Dr. Jair e sua equipe. Nunca é demais ressaltar que cada caso deve ser avaliado individualmente, por uma equipe multidisciplinar, para que a modalidade de tratamento mais adequada seja escolhida. 

[ Leia mais ]

Posted by Anônimo 0 comentários »