Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

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A fuga e o Estresse



Vários estudos apontam  os benefícios da atividade física regular para a saúde e o bem-estar. Estão muito bem documentados os efeitos benéficos dos exercícios para o coração e também para a atividade cognitiva. Estudos recentes até comprovam a relação de atividade física regular com menor incidência de demência.

Mas, afinal, por que a atividade física é benéfica? Os preguiçosos de plantão argumentam, em sua defesa, que a tartaruga, por exemplo, não faz nada e vive duzentos anos. Por que com o homem seria diferente?

Penso que as respostas estão na reação do homem ao estresse.

Nosso sistema nervoso está bem preparado para reagir em situações de estresse agudo. Imagine sua reação se, por exemplo, durante um passeio no campo, você se deparasse com uma cobra. Seu coração dispara, a pressão arterial sobe, a pupila de seus olhos se dilata, bem como os brônquios, a pele fica fria. Sua reação é quase imediata. Você pode olhar ao redor e ver se há algum pau para matar a cobra ou pode sair em disparada para um local seguro.  Seu corpo está preparado para enfrentar o perigo ou fugir dele.

Esta reação em nosso organismo se chama resposta simpática. Trata-se do sistema nervoso autônomo que provoca alterações no coração, pulmões, olhos e no próprio cérebro e que nos prepara justamente para lutar ou fugir.

Há outro sistema, chamado parassimpático, que tem ações praticamente opostas àquelas do sistema simpático, de modo a manter o corpo em constante equilíbrio.

O homem moderno é mais urbano do que nunca. A probabilidade de nos defrontarmos com uma cobra em uma região metropolitana é praticamente nula. Entretanto, outras causas de estress  são muito comuns: a luta pela sobrevivência, o consumismo, o trânsito engarrafado, a competição no trabalho, a violência e as contas a pagar, por exemplo, provocam, em nosso organismo, uma situação crônica de estresse. Vale dizer que, guardadas as proporções, estamos diariamente preparando nosso corpo para enfrentar essas diversas “cobras” urbanas.

Assim, nosso cérebro está sendo constantemente bombardeado com informações de alerta e preparando respostas a este estresse crônico. Os efeitos deletérios sobre o corpo podem ser mensurados, como a hipertensão arterial.

Uma das formas de resolver o estresse é a fuga, e é aí que a atividade física tem um papel fundamental.  Ao colocar o corpo em movimento acelerado, sem que tenhamos percepção disso, estamos informando nosso cérebro de que estamos fugindo do perigo que nos ameaça.

Ao findar o exercício, o cérebro se convence de que o perigo passou, facilitando o restabelecimento doo equilíbrio entre os sistemas simpático e parassimpático.

O exercício nos acalma, baixa nossa pressão e nos prepara para continuarmos a enfrentar o estresse nosso de cada dia.

Paradoxalmente, o homem moderno descobriu que a melhor forma de enfrentar o estresse é fugir dele.  O exercício físico é nossa rota de fuga mais eficaz.



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