Atuação

• Coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Unimed BH • Neurocirurgião do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia • Membro do Congresso of Neurological Surgeons • Mestrado e Doutorado em Cirurgia pela UFMG

Especialidades

• Malformação • Artério Venosa • Aneurisma Cerebral • Cirurgia de Bypass • Revascularização Cerebral • Cirurgia de Carótida • Tumores Cerebrais • Descompressão Neurovascular • Doença de Moya-Moya Tumores da Base do Crânio Doppler Transcraniano

Contato

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Quebra-crânio




Quebra-crânio

A recente brincadeira “quebra- crânio ” que viralizou nas redes é tudo, menos brincadeira.
Dois jovens, lado a lado com um terceiro, pulam juntos. Na sequência, é a vez do jovem do meio, que ignora a brincadeira, pular. Ao sair do chão, seus companheiros lhe dão uma rasteira e o resultado é invariável: ele cai de costas no chão, batendo a cabeça.
Todos riem daquilo que não tem graça. Vendo os registros nas redes sociais não é difícil perceber que não se trata de brincadeira, mas de ensaio de tragédia. De fato, foi preciso que um jovem morresse por traumatismo craniano, devido à brincadeira, para que o alerta se propagasse: o quebra cabeça é uma agressão física que pode ter consequências gravíssimas.
Ao cair e bater a região occipital, o cérebro pode sofrer contusão direta no local do impacto, ou a distância, por um mecanismo de contragolpe. Dependendo da energia cinética e de vetores na queda, pode haver ruptura das conexões entre os neurônios, que chamamos de lesão axonal, que pode causar déficits transitórios ou definitivos. 
A maneira como ocorre a queda coloca em risco não somente o cérebro, mas também a medula espinhal. Na queda, pode haver hiperextensão da coluna cervical, com ruptura de ligamentos ou fraturas de vértebras, que podem comprimir a medula, causando tetraplegia.
Se a lesão for na transição entre o crânio e a coluna cervical, a queda pode provocar morte imediata, por atingir áreas vitais de controle da respiração e dos batimentos cardíacos.
Outros segmentos da coluna, como a dorsal e lombar podem ser fraturadas na queda, bem como ossos do quadril.
Na tentativa de se proteger da queda, a vítima pode usar as mãos e sofrer fraturas no punho.
A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia emitiu comunicado de utilidade pública, alertando a população para os riscos da pretensa brincadeira que, na verdade, é uma agressão física.
Ainda que não tenha essa intenção, os jovens implicados na agressão podem responder legalmente por lesão corporal grave ou mesmo por  homicídio.

O “Quebra-crânio” não é uma brincadeira estúpida e de mau gosto. É ato de violência gratuita e covarde.






revisão:
Rachel Kopit 
Ophicina de Arte & Prosa

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